O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, definiu o ano de 2013 como "muito desgastante" e considerou como um dos momentos que mais contribuíram para isso as manifestações, que começaram após o aumento da passagem de ônibus. Para que 2014 possa causar menos desgaste, Fortunati aposta na aceleração das obras da Copa e no lançamento da licitação do metrô.
"Acredito que, pensando alto, até a metade deste ano de 2014 nós possamos colocar a licitação do metrô na rua", disse o prefeito em entrevista ao Gaúcha Atualidade. Fortunati acrescentou que o modelo do metrô foi acertado e que cinco empresas trabalham na proposta de manifestação de interesse que será aberta no dia 10 de março.
O prefeito também reclamou de atrasos nos repasses da União para obras da Copa do Mundo em Porto Alegre. Ele disse que aguarda financiamentos de mais de R$ 570 milhões, mas acredita que o governo federal está aguardando o final do ano para fechar as contas. Fortunati acrescentou que há um compromisso com a liberação dos recursos para o início de janeiro.
"Se realmente isso acontecer, nós já combinamos que vamos retomar todas as obras e em todo o ritmo", promete o prefeito de Porto Alegre.
Fortunati admitiu que apenas duas obras ficarão prontas até a Copa: a elevada na rodoviária e o entorno do Beira-Rio. Ele também tratou sobre a qualidade viária de Porto Alegre, do lixo e da saúde.
Qualidade viária
Questionado sobre as condições das ruas de Porto Alegre, Fortunati disse que a qualidade da pavimentação é um problema histórico e que a prefeitura depende da qualidade do material que recebe. O prefeito promete trazer a Porto Alegre quem fornece o material e aposta nesta parceria com a Petrobrás e em duas novas usinas de asfalto para melhorar a qualidade viária da cidade.
Coleta do lixo
Sobre as reclamações de moradores de lixo nas ruas, afirmou que a prefeitura está investindo na coleta mecanizada e que está consertando algumas falhas com a nova licitação, mas ressaltou que as pessoas precisam assumir o seu papel na hora de separar o lixo. Ele também alertou que, com o novo Código de Limpeza Urbana, a prefeitura vai fazer plantões nos principais focos de lixo e vai aplicar multas pesadas.
Saúde
Fortunati diz que umas das maiores angústias dos prefeitos é a falta de médicos, principalmente nas periferias, e que o programa do governo federal Mais Médicos está sendo aplaudido pela população. Ele apontou como principal gargalo da saúde a informatização para marcação de consultas. O prefeito admitiu que esse processo era para ter sido concluído em 2013. Fortunati destaca ainda o aumento o número de pacientes de fora sendo atendidos na Capital, enquanto cada vez menos recursos chegam as cidades.
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