Diretor da Defesa Civil de Porto Alegre, o coronel Evaldo de Oliveira Junior conversou com a reportagem da Rádio Gaúcha na manhã desta sexta-feira (26) e afirmou que o órgão trabalha com a hipótese de que o incêndio que atingiu a pousada Garoa, na Avenida Farrapos, e resultou na morte de 10 pessoas, tenha sido criminoso.
— Nós estamos trabalhando por informações preliminares aqui do local, com a hipótese do incêndio ter sido criminoso, porque existe uma notícia, que vai ser apurada e avaliada melhor pela Polícia Civil, de que uma pessoa teria entrado no estabelecimento na madrugada — afirmou o Coronel.
Segundo Evaldo, a pessoa que teria entrado na pousada não faz parte dos hóspedes ou estaria no contexto das pessoas que viviam ali. Nesse momento, o Instituto Geral de Perícia trabalha para fazer a liberação dos corpos das vítimas, para outra equipe poder trabalhar na perícia do local e apurar as causas do incêndio.
O Coronel também afirmou que a pousada faz parte da rede de convênio da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), mas ainda espera a confirmação de que pessoas residiam no local por meio de aluguel social.
O incêndio ainda deixou outras 15 pessoas feridas. Seis foram levadas para o Hospital de Pronto Socorro — quatro delas estão em estado grave, duas, entubadas, uma no bloco cirúrgico, e um caso é de menor gravidade. Outros três feridos foram encaminhados para o Hospital Cristo Redentor, na Zona Norte, onde um deles chegou com 20% do corpo queimado.
No local, havia 60 vagas divididas em dois prédios, das quais 16 eram custeadas pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) para pessoas em situação de vulnerabilidade social.