A chuva intensa que caiu sobre a Região Metropolitana na madrugada desta quarta-feira (15) elevou o nível, e a correnteza, do Rio Gravataí e fez com que a espécie de ilha de lixo, acumulada sobre a água ao menos desde a semana passada em Cachoeirinha, avançasse cerca de 200 metros. Algumas das barreiras que continham os resíduos se romperam, mas outras existentes evitaram que o material se espalhasse. Além de um entreposto natural, formado por macrófitas, uma das duas boias de contenção instaladas pela prefeitura também se rompeu.
Cerca de 67 milímetros de chuva caíram sobre a Bacia do Gravataí desde a terça-feira. O diretor da Defesa Civil de Cachoeirinha, Vanderlei Marcos, diz que a quantidade de lixo permanece a mesma e a situação não deve impedir a retirada e manejo do material.
— Nós passamos, a pedido do prefeito municipal, acompanhando os resíduos a madrugada toda. Em torno das 5h, teve um deslocamento de 200 metros do local onde ele estava para mais abaixo no leito do rio. Mas os resíduos estão aqui — afirmou.
A prefeitura de Cachoeirinha assinou um contrato de R$ 1,3 milhão com uma empresa especializada na remoção de resíduos perigosos. Em entrevista ao Atualidade, da Rádio Gaúcha, o prefeito de Cachoeirinha, Cristian Wasen, afirmou que uma equipe da firma contratada está a caminho do local.
— A gente precisa de uma avaliação técnica do local, mas, a princípio, começa agora no início da tarde (o trabalho de remoção) — explicou.
Segundo Wasen, a empresa utiliza maquinário semelhante a uma escavadeira hidráulica, instalado sobre um barco, para remover os resíduos da água. Será possível, segundo a companhia, retirar até dois mil metros cúbicos de material por dia. Os resíduos serão colocados em caminhões do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e depois analisados, para que recebam a destinação correta.
— Foi dada a ordem de início (da remoção) ontem (terça). Temos um prazo de 20 a 30 dias (para conclusão do trabalho) — disse Wasen.