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Uso de QR Code para pagamento em ônibus sem cobrador começa a ser testado em Porto Alegre 

Tecnologia deve ser implementada para dar maior agilidade de embarque nas linhas que já excluíram a função 

Guilherme Milman

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Empresas de ônibus de Porto Alegre começaram a testar o uso de QR Code — versão bidimensional do código de barras — para agilizar a entrada de passageiros pagantes nos ônibus que já circulam sem cobrador. Desde quarta-feira (30), o método está sendo aplicado em um coletivo da linha Santa Catarina 345, do Consórcio Mais.
 

ATP / Divulgação
Após ser gerado pelo motorista, bilhete com QR Code é aproximado do leitor para liberar a entrada do passageiro.

Neste primeiro modelo, a pessoa que pagar a passagem em dinheiro receberá do motorista um bilhete com o código, que, uma vez apresentado no leitor ao lado da catraca, libera o acesso. O bilhete é gerado por uma máquina, controlada manualmente pelo condutor — é possível emitir cerca de 20 bilhetes de uma vez, inclusive antes das viagens, garantido mais velocidade durante o embarque. 


A demora no processo de pagamento em dinheiro tem sido uma das principais reclamações de quem usa as linhas que já circulam sem o cobrador. Até agora, 17% da frota da Capital foi inserida no projeto que pretende excluir totalmente a função até o final de 2025. 


Neste primeiro momento, o objetivo da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) é avaliar a funcionalidade do aparelho. Segundo o engenheiro de transportes da entidade, Antônio Augusto Lovatto, a implementação nas demais linhas será feita, na melhor das hipóteses, em até 60 dias. Ele garante que o modelo é pioneiro no transporte público do Brasil.
 

— Estamos verificando se o sistema tem estabilidade, se é resistente, entre outras questões que podem aparecer. Ainda é cedo para sabermos se eles estão funcionando, pode ser que daqui uma semana passe a apresentar problemas. Por isso, é importante que façamos diversas testagens antes de colocar em vigor nas demais frotas — explica.
 

A ATP tem à disposição dois aparelhos para o período de testes. Ainda está sendo avaliada a forma como os demais dispositivos serão adquiridos. 

Existem alguns fornecedores que desenvolvem o sistema para outros setores, como o de eventos. Em um cenário onde ele é implementado em todos os ônibus, seriam necessários cerca de 1,5 mil produtos. O custo total também está sendo discutido.
 

Paralelamente, as empresas estão desenvolvendo outros dois modelos a serem implementados nos ônibus sem cobrador. Um deles prevê a criação de um aplicativo onde o usuário pode gerar o QR Code por conta própria — a previsão é de que entre em vigor até o fim do primeiro semestre. Ainda neste ano, deve ser disponibilizado também o pagamento das passagens por meio do Pix. 

Em nota, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) confirma a realização dos testes e diz que recebe relatórios com os resultados. O órgão ainda destaca que a criação de novas alternativas para dar mais agilidade no pagamento foi solicitada aos consórcios, e que, assim que o sistema e operadores estiverem preparados e aptos, deve ser anunciada uma nova forma de pagamento da passagem de transporte coletivo. 

Segundo a prefeitura de Porto Alegre, todas as catracas já contam com a tecnologia de leitura de QR code. 

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