Um novo plano para acolher pessoas em situação de rua foi lançado na manhã desta terça-feira (17) pela prefeitura de Porto Alegre. Chamado Ação Rua Adultos, o projeto promete ampliar os serviços destinados a essa população e reduzir em 50% o número de moradores de rua no próximo ano.
Atualmente, de acordo com estimativa da própria prefeitura, há 2,5 mil moradores de rua na Capital. A maioria se concentra no Centro Histórico.
O lançamento do projeto ocorreu no abrigo Marlene, no bairro Menino Deus. O secretário de Desenvolvimento Social de Porto Alegre, Léo Voigt, apresentou metas referentes às pessoas em situação de rua que a prefeitura pretende atingir nos próximos quatro anos. Segundo ele, dar melhores condições de vida a essa população é uma prioridade da gestão do prefeito Sebastião Melo.
— O morador de rua é uma ilha cercada de omissões por todos os lados. Há um imperativo ético e moral para que os serviços resgatem essa ilha isolada — disse Voigt.
Além de reduzir a quantidade de pessoas nessa condição, existe a promessa de garantir que 100% dos moradores de rua recebam algum tipo de atendimento ainda neste ano.
Para cumprir os objetivos, a prefeitura deve ampliar de três para sete a quantidade de Centros Pops (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua), que oferecem atividades sociais para essa população, e de três para nove os consultórios na rua, que ofertam serviços de saúde. Também deve abrir mais 200 vagas para auxílio-moradia, elevando o total para 650, e mais 190 vagas de hospedagem social, aumentando para 250.
No quarto e último ano do projeto, a promessa é de que a população de rua em Porto Alegre seja reduzida em até 80%.
De acordo com a prefeitura, existe uma preocupação em garantir que os serviços ocorram nas áreas em que essas pessoas vivem, evitando que um morador de rua da Restinga, por exemplo, precise se deslocar para outro bairro para receber atendimento.
O Ação Rua Adulto surgiu de outro projeto da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) voltado às crianças e adolescentes em situação de rua. Segundo a prefeitura da Capital, o novo plano não ficará somente vinculado à Fasc, tendo participação de diferentes secretarias municipais, como Saúde, Trabalho, Educação e Habitação.