Frequentadores do Parque Moinhos de Vento, o Parcão, em Porto Alegre, estão preocupados com a queda de pinhas de grande porte em diferentes pontos da área verde. Duas árvores – uma localizada próximo à passarela que liga as duas partes do parque e a outra perto da Rua Mostardeiro – são da espécie Araucaria bidwillii, popularmente conhecida como pinheiro-australiano.
Dona de uma banca de revistas na Avenida Independência, Beatriz Petter, 60 anos, passa pela área diariamente e afirma já ter quase sido atingida por uma pinha de aproximadamente três quilos. Há algumas semanas, ela procurou a administração do Parcão e fez uma postagem em um grupo de vizinhos nas redes sociais.
"O funcionário que me atendeu no portão disse que era normal, todo ano cai. Precisa alguém morrer para tomarem atitude", escreveu ela, que mora no bairro há 20 anos e afirma ter visto as árvores crescerem e as pinhas aumentarem de tamanho.
— São pinheiros lindos, mas infelizmente está perigoso. Vejo as pessoas sentadas embaixo das árvores fazendo piquenique, tomando chimarrão. A prefeitura poderia ao menos isolar esse espaço — sugere.
De acordo com a prefeitura, a queda de pinhas "é um processo natural, especialmente neste período, em que acontece o amadurecimento".
"A orientação é de que a população evite permanecer ou passar debaixo de araucárias nesta época do ano, especialmente em dias de vento intenso, de modo a impedir eventuais acidentes", afirmou em nota a Secretaria de Urbanismo, Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seumas) de Porto Alegre.
Como medida preventiva, segundo a pasta, as árvores da espécie identificadas no Parque Moinhos de Vento terão o seu perímetro isolado com fita e irão receber placa orientando sobre o risco de queda de pinhas.
No ano passado, situações similares ocorreram em outros bairros da Capital. No Três Figueiras, parte da calçada da Avenida Protásio Alves foi isolada após a queda de pinhas gigantes. No Mont' Serrat, uma araucária chegou a ser removida após uma pinha de dois quilos atingir um carro na Rua Pedro Ivo.
