Para marcar o Dia Mundial do Turismo, o barco Cisne Branco foi reinaugurado na manhã desta terça-feira. Após cinco meses em reforma, a embarcação está pronta para receber pessoas e, em breve, fazer passeios pelo Guaíba. A solenidade contou com a presença de autoridades e convidados.
As arquitetas Monique Fontes e Ágatha Arboitte, responsáveis pelo projeto de restauro, fizeram a simbologia da quebra do espumante no casco da embarcação para batizar o novo Cisne Branco. Uma das novidades é o aumento da capacidade para 300 passageiros.
Leia mais:
Rosane Tremea: Cisne Branco e o reencontro com a cidade
Confira imagens do restauro do Cisne Branco
O barco passa a ter, também, um banheiro com acessibilidade. Um novo sistema de luz e som foi instalado. No entanto, foram mantidas as características estruturais:
– Nós fizemos um projeto bem versátil, com um layout bem flexível para os eventos. Mexemos um pouco na estrutura para deixar o barco mais acessível – explica Monique.
De acordo com a arquiteta, ainda faltam acabamentos, como o mobiliário da boate, localizada no andar inferior do barco. O projeto, assinado pelas arquitetas, também foi discutido com um engenheiro naval. Para evitar futuros desastres naturais, foram instaladas janelas estanques, que são mais resistente a ventanias. O espaço do deck superior foi ampliado para que mais pessoas possam aproveitar a vista panorâmica durante os passeios.
Veja a transmissão ao vivo da inauguração
Segundo a proprietária Adriane Hilbig, o barco estará aberto para visitação nos próximos sábado e domingo, das 9h ao meio-dia e das 13h30 às 17h. Na semana que vem, o Cisne Branco passa por vistoria da Capitania dos Portos de Porto Alegre e, depois, serão oferecidos passeios gratuitos. A cortesia é uma forma de agradecimento aos que foram solidários à situação. As saídas ocorrerão em dois horários, às 9h e às 13h30min, abertas ao público.
– Vamos voltar a navegar somente após a vistoria. Durante uma semana, faremos viagens gratuitas. Queremos que muitas pessoas venham conhecer o novo Cisne Branco – comenta Adriane.
O investimento total da reforma custou cerca de R$ 1,5 milhão. A proprietária destaca que, além de recurso próprio, contou com a ajuda da família, de empresas e de pessoas que abraçaram a causa.
O Cisne Branco virou com a tempestade que atingiu a Capital em 29 de janeiro deste ano. O processo para desvirar o barco iniciou no dia seguinte àquele em que aconteceu o temporal. Foram 58 dias de trabalho para fazer a embarcação voltar a flutuar.
No início de abril, o Cisne Branco foi resgatado e levado para um estaleiro em São Jerônimo. Durante cinco meses, cerca de 15 homens trabalharam na reforma da embarcação. Foram substituídas a fiação elétrica, as chapas de ferro do casco – danificadas durante o resgate –, motor, mobiliário, janelas, forro e paredes.