Suspeita de homicídio é presa um dia depois de dar à luz em hospital de Porto Alegre

Exatamente um ano depois de encontrar partes do corpo do jovem Gabriel Santos de Brito, 18 anos, enterrado em um matagal no Morro da Polícia, Zona Leste de Porto Alegre, uma ação da 1ª DHPP prendeu nesta quinta duas mulheres e apreendeu dois adolescentes suspeitos de cometerem o crime com extrema violência. Um terceiro adolescente suspeito do crime ainda é procurado.

Um dos mandados de prisão, contra Maura Roberta Peres Saraiva, 21 anos, foi cumprido na maternidade do Hospital São Lucas, em Porto Alegre. Ela havia dado à luz quarta-feira e deve receber alta amanhã, quando deverá ser conduzida, com o filho, à Penitenciária Madre Pelletier.

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De acordo com a investigação, ela participou do assassinato, juntamente com Alessandra Batista dos Santos, 20 anos, e os três adolescentes, em uma casa no Bairro Coronel Aparício Borges. Gabriel teria sido atraído pelos suspeitos para dentro de uma casa e trancado no local. Em uma cadeira na cozinha, teria passado por uma sessão de tortura, com golpes de facão, machadinha, faca e um pedaço de ferro.

Agonizando, ele ainda teria sofrido novos golpes de faca antes de ter o corpo arrastado em uma primeira tentativa de enterrá-lo. Sem sucesso, os criminosos teriam esquartejado o corpo e tentado incinera-lo. No dia seguinte, transportaram o corpo em um saco até o Morro da Polícia.

- São criminosos extremamente frios. Narraram o crime com uma naturalidade espantosa - afirma o delegado Rodrigo Pohlmann.

Os envolvidos no crime teriam confessado à polícia em junho deste ano. Acreditavam que Gabriel, que não tinha envolvimento direto com a quadrilha de traficantes do bairro, teria dado informações sobre eles a rivais do bando.

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