Morreu na noite desta quinta-feira o gari Luiz Eduardo Munhoz, de 35 anos, atropelado quarta-feira na Avenida Ipiranga, em Porto Alegre. Munhoz estava internado na UTI do Hospital de Pronto Socorro (HPS) com traumatismo craniano e hemorragia desde o acidente ocorrido nas imediações da CEEE, no sentido Centro-bairro.
- A gente quer justiça. O motorista não pode ficar impune - disse a sobrinha Joana Raquel Munhoz Rodrigues, de 29 anos.
Pai de cinco filhos, Munhoz é a segunda vítima fatal do acidente. Tiago dos Santos, 30 anos, também foi atropelado e morreu durante a tarde de quarta-feira no Hospital Cristo Redentor. Eles foram atingidos pelo Fiat Uno desgovernado dirigido por Amâncio Antunes Filho, 66 anos, enquanto trabalhavam. O motorista chegou a fazer o teste de etilômetro, mas não foram constatados índices de embriaguez. Ele alegou ter sofrido um mal súbito. Irritado, um grupo de garis que estava próximo empurrou o carro para dentro do Arroio Dilúvio.
Investigação
O titular da Delegacia de Homicídios de Trânsito, o delegado Carlo Butarelli trabalha com todas as hipóteses para o atropelamento, menos embriaguez. Isso porque o aposentado fez teste de etilômetro e não foi constatado qualquer índice de ingestão de álcool. Nesta quinta-feira, a Polícia Civil fez diligências no local do acidente em busca de imagens de câmeras de monitoramento, mas nenhum equipamento registrou o atropelamento.
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- Os equipamentos das empresas não estão voltados para a rua, mas sabemos que o motorista não ingeriu bebidas alcoólicas - disse o delegado, que trabalha com a hipótese de mal súbito.
Entre a sexta e a segunda-feira, socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e populares que prestaram os primeiros socorros serão intimados para prestar depoimento.
- Já identificamos essas pessoas, e os depoimentos delas poderão nos ajudar a esclarecer se o motorista passou mal ou não - explica.
* Zero Hora