Um grupo de garis empurrou um Uno amarelo para dentro do Arroio Dilúvio, nas imediações da CEEE, em Porto Alegre, depois de dois colegas serem atropelados. O caso ocorreu na manhã desta quarta-feira, por volta das 10h30min. Um dos trabalhadores, identificado como Tiago dos Santos, 30 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu durante a tarde no Hospital Cristo Redentor.
O outro gari teve traumatismo craniano e hemorragia. Luis Eduardo Munhoz, 35 anos, precisou ser operado e está internado em estado gravíssimo no Hospital de Pronto Socorro (HPS). Eles seguravam uma rede e não conseguiram escapar do veículo.
O motorista do Uno, identificado como Amâncio Antunes Filho, 66 anos, perdeu o controle do veículo na Avenida Ipiranga, no sentido Centro-bairro, e atropelou as duas pessoas, que trabalhavam na capinagem. O carro parou no talude do arroio. Ele fez teste de etilômetro e não foram constatados índices de embriaguez. Segundo a Brigada Militar, o aposentado teve um mal súbito.
- Ele veio vindo pela esquerda, cortando, e pegou um trabalhador ali na frente (...) e veio arrastando o funcionário por quase 50 metros - contou uma das testemunhas em entrevista à Rádio Gaúcha.
"Todo mundo da região se revoltou", diz gari que viu atropelamento
Tiago dos Santos ficou caído próximo ao local da colisão. Em seguida, começou o tumulto. Revoltados com o condutor, os garis empurraram o veículo para dentro do arroio. A Brigada Militar precisou intervir e evitar que a confusão se agravasse. O sargento Dirceu Antônio de Melo sacou a arma e apontou para os trabalhadores:
- Havia o risco de o aposentado ser linchado. Ele chegou a ser atingido com socos. Foi necessário (sacar a arma) pelas agressões. Eles estavam vindo para cima de mim inclusive - disse Melo.
* Zero Hora com informações da Rádio Gaúcha