Andar em lotação está cada vez mais perigoso na Capital. Estimativa da Associação dos Transportadores de Passageiros por Lotação da Capital (ATL) aponta que, em média, ocorrem quatro assaltos por dia, com saques a motoristas e passageiros.
- A situação é crítica, em especial, em julho. No ano passado, em média, eram 10 roubos por mês - lamenta Rogério Lago, gerente-
executivo da ATL.
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Uma das razões para a expansão do crime pode ser a presença crescente de bandidos à solta nas ruas. Quem comete assalto, em geral, é condenado com penas entre cinco e seis anos em regime semiaberto. Como não existem vagas nos albergues da Região Metropolitana, os ladrões são mandados de volta para casa, em prisão domiciliar ou com tornozeleira eletrônica. De certo modo, isso tem incentivado pessoas inexperientes à pratica de crimes, usando facas ou revólveres.
- Esse é o grande problema. Antes levavam o dinheiro da gaveta, agora também agem com violência. São pessoas drogadas, fora de si que, às vezes, estão mais nervosas que as vítimas - acrescenta Lago, lembrando que, à medida que operações policiais ocorrem em determinada área, os ladrões migram para outro ponto da cidade.
O dirigente defende a criação de uma delegacia especializada para crimes contra o transporte público - ônibus, táxi e lotações:
- Hoje, somos mais um caso em uma pilha de 300. Se existisse este órgão, a polícia teria mais condições de inibir os assaltos.
Transporte sob risco
Porto Alegre registra quatro assaltos por dia em lotações
Motorista foi esfaqueado na Lomba do Pinheiro em um dos seis assaltos ocorridos em intervalo de sete horas na quinta-feira. Categoria fez manifestação por segurança nesta sexta-feira