Moradores de Porto Alegre formam fila em postos de saúde para fazer a vacina contra a gripe

Assim que foi dada a largada da imunização contra a gripe, na manhã desta segunda-feira, uma longa fila já se formava no Posto de Saúde Modelo, na região central de Porto Alegre. O Rio Grande do Sul é o primeiro Estado a iniciar a vacinação - nos demais, a campanha começa em 4 de maio.

Um dos primeiros a receber a vacina foi o motorista aposentado Aldo Oliveira, 77 anos, que não precisou esperar nem cinco minutos para ser liberado com um chumaço de algodão pendurado no braço. A agilidade na busca pela imunização tem motivo:

- Assim a gente já garante, né? Pode ser que depois falte.

Perguntas e respostas sobre a vacinação da gripe
Clínicas particulares comercializam a chamada vacina quadrivalente

As amigas Giselda Santana, 53 anos, e Maria Erci Santos, 56, também endossavam a "fila de meninos e meninas", como elas se referiam, brincando com a faixa etária que aguardava a vez de ser atendido. Das pessoas que formavam o carreiro que ia da porta da sala de vacinação, voltada para a João Pessoa, até o portão principal do posto, na Jerônimo de Ornelas, a maior parte tinha idade superior a 60 anos.

Os idosos muito mais idosos ganhavam colher de chá e podiam "pular" a ordem da fila, que chegou a um tempo de espera de 20 minutos. Foi o que aconteceu com dona Alda Silveira, 95 anos. Acompanhada da filha e de uma cuidadora, ela precisou aguardar apenas poucos minutos - para os quais levou uma cadeira de praia - e logo foi chamada para receber a vacina.


Dona Alda Silveira, 95 anos, recebeu a vacina no Posto Modelo
Foto: Bruna Scirea / Agência RBS

Durante o período da campanha, que vai até o dia 22 de maio, a vacinação estará disponível nos mais de 1,8 mil unidades básicas de saúde do RS. No dia 9 de maio está marcado o Dia D da campanha, data na qual os postos de vacinação estarão extraordinariamente abertos. As doses da vacina oferecem proteção contra três tipos do vírus causador da gripe, o influenza: A (H1N1), A (H3N2) e B. A meta é alcançar 80% de cobertura nos grupos prioritários.