Após sete dias operando apenas em horários de pico, os metroviários decidiram, na noite desta quinta-feira (19), encerrar a paralisação. A partir das 5h desta sexta-feira (20), a Trensurb volta a operar normalmente. A assembleia ocorreu na sede da Trensurb, no Bairro Humaitá, em Porto Alegre.
Conforme o secretário do Sindicato dos Metroviários (Sindimetrô), Clovis Pinheiro, apesar de insatiseita com a proposta da Trensurb, a categoria decidiu encerrar a greve. "A Trensurb deixou bem claro que a contraproposta valia só para hoje (quinta-feira). A categoria decidiu por encerrar o movimento. Nós na direção do sindicato entendemos que não foi a melhor proposta. Nós aceitamos, mas não nos entregamos. Vamos continuar lutando, vamos ter que melhorar a participação da empresa no plano de saúde", declarou Pinheiro.
Nesta tarde, a empresa apresentou proposta na qual o adiantamento do dissídio, previsto para o próximo mês de maio, seja de 1,5% para quem ganha até R$ 4 mil mensais. O custo do plano de saúde - principal reivindicação dos funcionários - também foi readequado de acordo com quatro faixas salariais.
Com a nova proposta, quem recebe até R$ 2 mil pagará R$ 90 mensais, a partir de janeiro (-42%); os trabalhadores que ganham entre R$ 2 mil e R$ 3,5 mil irão desembolsar R$ 123,35 (-20%); quem recebe entre R$ 3,5 mil e R$ 6 mil terá de pagar mais do que o valor anterior, R$ 169,06 (+10%); já os funcionários que ganham acima de R$ 6 mil (120 pessoas - 11% dos funcionários) terão de arcar com R$ 231,71 (+50%). Na audiência desta tarde, também ficou definido que os grevistas irão compensar o período parado de acordo com a necessidade da Trensurb.