O vice-presidente Geraldo Alckmin visitou na tarde deste sábado (13) a Feira da Reforma Agrária, promovida pelo Movimento dos Sem Terra (MST) no Parque da Água Branca, zona oeste de São Paulo. Na ocasião, o político falou com a imprensa sobre as ações do Abril Vermelho — iniciativas ocorridas no mês passado que culminaram na ocupação de propriedades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da indústria de celulose Suzano. Segundo Alckmin, elas não abalaram a relação do governo federal com o MST, responsável pela iniciativa.
Junto com dirigentes do movimento, como João Pedro Stédile, Alckmin circulou entre os feirantes por pouco mais de uma hora. Depois, realizou rápida reunião fechada com os representantes do MST.
Os atos no mês passado levaram a oposição a tentar instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Durante o evento, o ex-presidente comentou sobre o caso.
— Sou cauteloso sobre isso. O trabalho do legislativo é legiferante, não policialesco — disse Alckmin à imprensa, acrescentando que existem órgãos de fiscalização suficientes.
O ex-governador de São Paulo não proferiu discurso no evento. Perguntado do motivo, ele minimizou sua ausência no palco dizendo que quando era governador do Estado paulista, visitava a feira anualmente.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, também esteve presente no evento.
A Feira da Reforma Agrária
A 4ª edição da Feira Nacional da Reforma Agrária iniciou na quinta-feira (11) e se estenderá até esta segunda-feira (14). Ela reúne camponeses de várias regiões do Brasil.
A estimativa para este ano, é de que a feira consiga reunir 500 toneladas de alimentos dos acampamentos e assentamos da Reforma Agrária de todas regiões do país.
Além de espaço para o comércio, o evento conta com programação cultural, com a presença de artistas e grupos de coletivos, oficinas, seminários, debates, conferências e lançamentos de livros. Mais informações sobre a feira, podem ser obtidas no site do MST.