Pelo menos 11 pré-candidaturas ao governo do Rio Grande do Sul foram apresentadas até o presente momento para as Eleições 2022.
O primeiro turno das eleições deste ano está marcado para 2 de outubro, quando os brasileiros vão às urnas para eleger presidente da República, governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. O segundo turno será realizado no dia 30 de outubro, onde houver necessidade.
Os pré-candidatos a governador do RS
O período para realização de convenções partidárias é de 20 de julho a 5 de agosto. Depois disso, partidos, federações e coligações têm até 15 de agosto para solicitar o registro das candidaturas.
Beto Albuquerque (PSB)
Natural de Passo Fundo, Beto Albuquerque tem 59 anos. Em 1990, concorreu a deputado estadual pelo PSB, partido em que permanece até hoje, e foi eleito como o terceiro deputado mais votado pela Frente Popular. Em 1994, foi reeleito. Em 1998, foi eleito deputado federal. Em seguida, assumiu como secretário estadual dos Transportes. Em 2002, foi reeleito para mais um mandato na Câmara. Em 2014, foi escolhido pelo PSB para, ao lado de Marina Silva, levar adiante o projeto da chapa presidencial, inicialmente liderado por Eduardo Campos, que morreu em acidente aéreo.
Edegar Pretto (PT)
Nascido em Miraguaí, no noroeste gaúcho, Edegar Pretto tem 50 anos, é formado em Gestão Pública e pai de três filhos. Filho de Adão Pretto, deputado federal falecido em 2009, Edegar está em seu terceiro mandato como deputado estadual, sendo o mais votado do PT nas três eleições das quais participou. Em 2017, foi presidente da Assembleia Legislativa. Na última eleição, fez votos em 473 municípios, e acumula a marca de ser o mais votado da história do PT no Legislativo estadual.
Eduardo Leite (PSDB)
Natural de Pelotas, no sul do RS, Eduardo Leite é formado em Direito e tem 37 anos. Filiado ao PSDB, foi governador do Estado entre 2019 e março de 2022, quando renunciou ao cargo. Um dos mais jovens governadores da história do Estado, foi o primeiro político em cargo no Executivo a se declarar homossexual. Anteriormente, foi prefeito de Pelotas de 2013 a 2017, cidade onde foi eleito vereador em 2008. Em 2021, disputou prévias do PSDB para concorrer à Presidência, mas foi derrotado pelo então governador paulista, João Doria.
Gabriel Souza (MDB)
Aos 38 anos, Gabriel Souza é mestre em Direito, pós-graduado em Gestão Pública e médico veterinário. Natural de Tramandaí, no Litoral Norte, está no segundo mandato na Assembleia Legislativa, sendo o deputado estadual mais votado do MDB. Foi presidente do Legislativo estadual em 2021. Entre junho de 2016 e dezembro de 2018, foi o líder do governo de José Ivo Sartori, um dos mais jovens até hoje a assumir a função.
Luis Carlos Heinze (PP)
O senador Luis Carlos Heinze tem 71 anos e nasceu em Candelária, no Vale do Rio Pardo. Em 2018, foi eleito senador pelo PP. Engenheiro agrônomo por formação, entrou para a vida pública em 1989 e entre 1993 e 1996 foi prefeito de São Borja. Em 1998, foi eleito para o primeiro mandato como deputado federal, sendo reeleito em 2002. Em 2014, concorrendo ao quinto mandato consecutivo, foi o deputado federal mais votado entre os gaúchos. Em 2021, atuou na CPI da Covid-19 defendendo o tratamento precoce contra o coronavírus.
Onyx Lorenzoni (PL)
Aos 67 anos, Onyx Lorenzoni está no quinto mandato como deputado federal. Ele é médico veterinário e foi duas vezes deputado estadual. Nascido em Porto Alegre, Onyx concorreu duas vezes à prefeitura da Capital, ficando em terceiro lugar em 2004 e em quinto em 2008. Aliado do presidente Jair Bolsonaro, foi coordenador da elaboração do plano de governo e, após a vitória em 2018, foi designado para coordenar a transição governamental. No governo, foi ministro em quatro pastas diferentes.
Pedro Ruas (PSOL)
Natural de Porto Alegre, Pedro Ruas tem 66 anos e atua há mais de quatro décadas como advogado trabalhista. Ele já foi conselheiro estadual e federal da OAB. Ingressou na política no antigo MDB e ajudou Leonel Brizola a fundar o PTB e, posteriormente, o PDT. Após o falecimento de Brizola, em 2004, deixou o PDT e ajudou a fundar o PSOL, filiando-se em 2005. Em 2014, Ruas tornou-se o primeiro candidato do PSOL a ser eleito para a Assembleia Legislativa. Em 2020, elegeu-se para o sexto mandato na Câmara Municipal de Porto Alegre.
Rejane de Oliveira (PSTU)
Única mulher entre os pré-candidatos ao Piratini até o momento, Rejane é professora aposentada da rede estadual e foi presidente do CPERS-Sindicato por duas gestões. Foi durante a gestão dela na entidade sindical que o CPERS realizou protesto na frente da residência da então governadora Yeda Crusius (PSDB), em 2009. A mobilização era contra as então chamadas "escolas de lata", salas de aula improvisadas dentro de contêineres.
Ricardo Jobim (Novo)
Natural de Santa Maria, Ricardo Jobim tem 46 anos, é casado e pai de três filhos. É advogado e empresário no ramo da comunicação, além de professor universitário nas áreas de negociação, direito médico e sucessório. Foi conselheiro da OAB-RS e presidente da OAB Santa Maria. Em 2018, atuou como voluntário junto à candidatura do deputado estadual Giuseppe Riesgo e efetivou sua filiação ao Novo em 2020.
Roberto Argenta (PSC)
Aos 69 anos, o empresário calçadista Roberto Argenta lançou sua candidatura ao Piratini em março pelo PSC. Argenta já foi vereador e prefeito de Igrejinha, no Vale do Sinos, e deputado federal, então pelo PFL (mais tarde DEM e atual União Brasil), na legislatura 1999-2003. Entre 2004 e 2006, presidiu a Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs). No ano passado, tentou viabilizar a candidatura pelo MDB, mas acabou migrando para o PSC.
Vieira da Cunha (PDT)
Carlos Eduardo Vieira da Cunha é natural de Cachoeira do Sul, na Região Central, tem 62 anos, é pai de quatro filhos e atua como procurador do Ministério Público. Filiado desde 1981 ao PDT, em 1986 tomou posse como vereador pela sigla em Porto Alegre. Em 1994, elegeu-se deputado estadual para o primeiro de três mandatos. Foi presidente da Assembleia Legislativa em 2004. Em 2006, foi eleito deputado federal pela primeira vez, sendo reeleito em 2010. Em 2014, concorreu ao Piratini, mas não chegou ao segundo turno.
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