O presidente Jair Bolsonaro recebeu no Palácio da Alvorada, na manhã desta sexta-feira (1º), o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Na pauta, o preço dos combustíveis e outras agendas econômicas.
Após o encontro, Lira afirmou, em rede social, que o fim de semana será de conversas e tratativas em busca de soluções para conter a alta nos valores e mantê-los estáveis. O deputado também destacou a aprovação pela Câmara, nesta semana, da proposta que reduz o valor do gás de cozinha para famílias de baixa renda — matéria que ainda precisa passar pelo Senado e ser sancionada por Bolsonaro.
"Com todo gás, seguimos na luta pela redução nos preços dos combustíveis, mas já temos decisões práticas. A Câmara aprovou o 'Gás Social', que corta pela metade o preço do botijão para famílias com baixa renda", escreveu.
Após a reunião, Bolsonaro comentou sobre a reunião com apoiadores no Palácio do Planalto.
— Quando se fala em Petrobras, preço de combustíveis... Temos leis para cumprir. Sou obrigado a cumprir leis e não reclamo disso, não. Mas a composição dos preços, como que pode... A gente é autossuficiente em petróleo, retira a mais ou menos US$ 15 e vocês pagam a quase 80, é algo acertado lá atrás — voltou a comentar Bolsonaro sobre a política de paridade de preços da estatal, elogiada pelo mercado.
— Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, precisa rezar um Pai Nosso, está sentado em cima de abacaxi enorme — acrescentou, lembrando aos apoiadores, em seguida, que a inflação da energia "arrasta tudo" — isto é, impacta outras formações de preços.
Uma das alternativas seria a criação de um valor fixo para o ICMS, unificando a tarifa do imposto estadual para todas as unidades da Federação. Bolsonaro constantemente aponta a ação dos governadores sobre o imposto como um dos motivos para a alta nos preços dos combustíveis.
A criação de um fundo para controle das oscilações do dólar e do preço do barril de petróleo no mercado internacional também é estudada – esses dois fatores são levados em consideração pela Petrobras em sua política de preços.
Nesta semana, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmou que a política de preços dos combustíveis não irá mudar. Tanto Lira quando Bolsonaro têm sido críticos da postura da estatal na definição dos valores.