O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta sexta-feira (14) que o voto impresso seria "um discurso político" e defendeu o uso das urnas eletrônicas, que, segundo ele, têm se mostrado seguras.
— Esse é um discurso político. Nos Estados Unidos, havia voto impresso e boa parte dos que defendem o voto impresso no Brasil disseram que houve fraude nas eleições dos Estados Unidos. Então, ficaríamos no mesmo lugar — disse Barroso em cerimônia que celebrou os 25 anos da urna eletrônica no país.
No evento, também foi apresentada uma campanha para demonstrar a segurança e transparência do sistema eleitoral brasileiro. Segundo o ministro, a ação teria sido idealizada em 2020, portanto, não seria resposta a ninguém e não buscaria polemizar.
— É apenas de transparência, para conhecimento pleno e informação fidedigna sobre a lisura do processo eleitoral — afirmou.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decretou na quinta-feira (13) a instauração da comissão especial do voto impresso. O colegiado analisará o mérito da pauta, que é uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro.