O inquérito que apura eventuais crimes do presidente da República Jair Bolsonaro ou do ex-ministro da Justiça Sergio Moro teve uma nova movimentação na tarde desta sexta-feira (8).
O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, intimou o procurador-geral da República, Augusto Aras, para que ele se manifeste em até 24 horas sobre o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) de não divulgar o vídeo da reunião ministerial citada por Moro em seu depoimento.
Na quarta (6), o governo recorreu ao STF para não entregar o vídeo, alegando que o encontro pode ter tratado de "assuntos potencialmente sensíveis e reservados de Estado". No dia seguinte, a AGU pediu para que apenas uma parte do vídeo fosse divulgada. A gravação da reunião ministerial foi solicitada pelo ministro Celso de Mello depois que Moro citou, no seu depoimento, que durante o encontro o presidente Jair Bolsonaro o pressionou por uma troca na superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro.
Na terça, Celso de Mello pediu para que o Planalto entregasse o vídeo em até 72 horas. O prazo expira nesta sexta.