O Cpers/Sindicato confirmou na última quarta-feira (14) greve dos professores na rede estadual a partir desta segunda (18), por tempo indeterminado. GaúchaZH circulou ou entrou em contato por telefone com as 15 maiores escolas da Capital e teve a informação de funcionamento de outras quatro e constatou que a paralisação era parcial, com algumas instituições abertas mas ainda em processo de definição da adesão.
Na instituição de ensino com maior número de estudantes da Capital, a Escola Técnica Parobé, bairro Praia de Belas, as aulas ocorrem normalmente nesta manhã, tanto no Ensino Médio quanto no Técnico.
— Estamos 100% em sala de aula — garantiu a vice-diretora Kátia Bianca.
Já na segunda maior em número de alunos, o Colégio Estadual Julio de Castilhos, a greve está confirmada pelo menos por toda a semana. GaúchaZH não viu movimento de alunos no local. Segundo as professoras Paola Ribeiro e Aline Martins, estudantes e pais foram avisados.
No Colégio Estadual Inácio Montanha, as aulas foram canceladas e os professores passaram parte da manhã em reunião. Ficou definido que a instituição entraria em greve.
O Instituto Rio Branco manteve as aulas, no entanto, o número de alunos nesta segunda-feira foi baixo. Conforme a diretora, Maria de Lurdes Zanon, a maioria dos professores se manifestou dizendo que vai seguir trabalhando.
A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou no domingo que ainda não havia sido notificada pelo sindicato dos professores sobre a greve. A orientação da Seduc é de que os alunos compareçam às escolas. Em caso de dúvidas, a pasta recomenda que pais e estudantes entrem em contato diretamente com os colégios.
A secretaria deverá ter, até o meio-dia, um levantamento parcial sobre a adesão à greve nas 2,5 mil escolas estaduais gaúchas.
O Cpers também não tem ainda um relatório sobre as adesões em todo o Estado. Conforme a assessoria de imprensa do sindicato, muitas instituições se reuniram nesta manhã para definir os rumos das atividades, portanto, estima-se que um levantamento mais preciso será divulgado no fim do dia. Helenir Schürer, presidente do Cpers, está otimista em relação à adesão:
— Nossa expectativa, o que queremos, é uma greve forte na adesão. Temos recebido núcleos de escolas que nunca fecharam e que aderiram. Em Soledade, recebemos a informação de que 100% das instituições estão fechadas.
A mobilização é uma resposta às reformas propostas pelo governador Eduardo Leite no serviço público, com projeção de economia de R$ 25 bilhões em 10 anos, era parcial. Os professores serão os mais atingidos: além de mudanças no plano de carreira específico da classe, eles serão impactados por modificações válidas para todo o funcionalismo, como o fim dos adicionais por tempo de serviço e o corte da incorporação de gratificações na aposentadoria.
Veja o que mostra o levantamento de GZH em 19 escolas
ABERTAS (7)
- Escola Técnica Estadual Parobé
- Esc Est Ens Med Rafaela Remiao
- Instituto Estadual Rio Branco
- Col estadual Protasio Alves
- Escola Estadual de Educação Básica Presidente Roosevelt
- Infante Dom Henrique
- Candido Portinari
FECHADAS (4)
- Colégio Estadual Julio de Castilhos
- Col Estadual Eng Ildo Meneghetti
- Colégio Estadual Inácio Montanha
- Col Est Ens Med Raul Pilla
PARCIAL (2)
- Esc Est Educação Báisca Almirante Bacelar
- Esc Est Ens Fund Idelfonso Gomes
TELEFONE NÃO EXISTE (1)
- Esc Est Ens Med Jose do Patrocinio
TELEFONE NÃO ATENDEU (4)
- Esc Est Ens Med Baltazar de Oliveira Garcia
- Inst Est Educ Paulo da Gama
- Esc Est Ens Fun Paraiba Ciep
- Esc Est Ens Med Santa Rosa
TELEFONE OCUPADO (1)
- Esc Est Ens Med Mariz e Barros