Assustado com a repercussão da súbita promoção do filho do vice-presidente Hamilton Mourão, Antonio Hamilton Rossell Mourão, a direção do Banco do Brasil soltou comunicado interno aos funcionários justificando a iniciativa. Na segunda-feira (7), tão logo tomou posse, o novo presidente da instituição, Rubem Novaes, deslocou Antonio Hamilton da diretoria de Agronegócio para um cargo de sua assessoria pessoal.
Com a nomeação, o primogênito de Mourão praticamente triplicou o salário, passando de R$ 12 mil mensais para cerca de R$ 37 mil. Às 15h07min, o departamento de marketing do banco enviou mensagem a todos os funcionários dizendo que o novo assessor tem "confiança absoluta" de Novaes.
— Colegas, o presidente Rubem, no momento, está reunido com o Conselho Diretor do BB. Mas, sabendo da repercussão da nomeação de sua equipe de assessores, afirmou que "Mourão é de minha absoluta confiança, e foi escolhido para minha assessoria, e nela continuará, em função de sua competência. O que é de se estranhar é que não tenha, no passado, alcançado postos mais destacados no Banco" — diz a mensagem.
Funcionário de carreira há 18 anos, Antonio Hamilton preencheu uma das três vagas de assessoria especial disponibilizadas ao presidente do Banco do Brasil pelo estatuto da instituição. Em geral, são especialistas na área jurídica, de comunicação e do agronegócio.
O vice-presidente escreveu, em sua conta no Twitter, que seu primogênito tem "conduta irrepreensível".
"Meu filho, Antônio, ingressou por concurso no BB há 19 anos. Com excelentes serviços, conduta irrepreensível e por absoluta confiança pessoal do Presidente do Banco foi escolhido por ele para sua assessoria. Em governos anteriores, honestidade e competência não eram valorizados.", escreveu o general. Mais cedo, ele havia dito que o filho havia sido "perseguido nos governos do PT".