
A Assembleia Legislativa decidiu, pela terceira semana consecutiva, não realizar votações nesta terça-feira (13), adiando assim a apreciação dos projetos que tratam de reajustes salariais de servidores do Tribunal de Justiça, do Ministério Público, do Tribunal de Justiça Militar, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas e do próprio Legislativo. A articulação política que leva ao adiamento deve fazer com que os projetos sejam apreciados no fim de novembro ou na primeira quinzena de dezembro.
A ideia dos deputados é adiar ao máximo a votação das reposições salariais, aproximando o debate sobre os vencimento dos servidores à votação do projeto que tramita em urgência e que trata da manutenção das alíquotas elevadas de ICMS.
O adiamento foi decidido na reunião de líderes das bancadas da Assembleia, com único voto contrário do PSOL.
Nos bastidores, há deputados que entendem que o adiamento favorece a aprovação dos projetos, uma vez que dilui a discussão com a proposta sobre o ICMS. Outros deputados contrários ao reajuste entendem que adiar ao máximo a votação pode levar à mudança de cenário político e reprovação das medidas.
Os reajustes têm impacto financeiro estimado em R$ 162 milhões ao ano. Essas reposições tradicionalmente são aprovadas pela Assembleia, ainda que, diante da crise financeira do Estado, as propostas estejam enfrentando maior resistência.
O governador eleito Eduardo Leite (PSDB) já se manifestou contrário à concessão dos reajustes, dizendo se tratar de um momento "inapropriado" para o Estado ampliar gastos.


