O grupo criminoso alvo da Operação Swindle da Polícia Federal clonou o celular do deputado estadual Adriano Sarney, neto do ex-presidente José Sarney, e de várias autoridades do Maranhão. A investigação da PF conta com a participação da Polícia Civil do Estado e mira um grupo que realizava clonagens de números telefônicos para aplicar golpes via aplicativo de trocas de mensagens
A PF cumpre dois mandados de prisão no Maranhão. Um dos alvos já foi preso pela manhã e o segundo é considerado foragido. Os investigadores descobriram que o grupo atuava em outros Estados do País e tinha agentes públicos como alvos preferenciais. Além dos políticos do Maranhão e Brasília, autoridades do Paraná também foram vítimas dos golpes.
Em março, o grupo clonou os celulares dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Carlos Marun e do ex-ministro do Desenvolvimento Social e Agrário Osmar Terra. Após o caso, a pedido de Padilha, a PF de Brasília instaurou o inquérito que deu origem à Swindle (fraude em inglês).
Os criminosos, diz a PF, se apossavam das contas de WhatsApp das vítimas e fazendo-se passar pelos reais donos dos números solicitavam transferências bancárias para pessoas de suas listas de contatos. Após a clonagem, o neto de Sarney, por exemplo, teria efetuado um depósito de R$ 70 mil.
Um dos presos no Maranhão, Leonel Pires Júnior, seria o líder do grupo e responsável por comprar, por meio de uma empresa, os chips utilizados pelos criminosos. A PF também descobriu que uma lan house era utilizada para a prática das fraudes,
De acordo com a investigação da PF, o grupo se valia de contas bancárias falsas e outras emprestadas por terceiros para receber os valores arrecadados com as fraudes.
"O grupo criminoso usou para a pratica criminosa, o aplicativo 'WhatsApp', para propagar a ação delituosa. Diversas autoridades do Maranhão e do Estado do Paraná foram vítimas dos golpistas", informou a polícia do Maranhão.