Antônio Ricardo Campos, advogado e irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, disse que protocolou na Polícia Federal (PF) requerimento para que o órgão apure possível sabotagem no avião que levava o político, em 2014. Em 13 de agosto daquele ano, o então presidenciável e mais seis pessoas morreram em acidente aéreo, em Santos, no litoral paulista.
O irmão do político afirmou que foi procurado, recentemente, por peritos "que aclaram e deixam antever, o que antes resistir a admitir, a real possibilidade de sabotagem, o que pode transformar o acidente em homicídio culposo ou doloso".
"O Speed Sensor da aeronave à toda evidência foi desligado, intencional ou não, sendo essa última hipótese de não intencional improvável, o que caracteriza que o avião foi preparado para cair, o que caracteriza sabotagem e homicídio culposo ou doloso. No requerimento/denúncia explicamos a questão", escreveu Ricardo em seu perfil no Facebook.
O advogado diz que tornou o requerimento público "por obrigação e dever de irmão e não o afã de holofotes". Ricardo destacou que comunicará o fato ao ministro da Justiça, Torquato Jardim, ao Ministério Público de Santos, ao Juiz que em Santos preside a ação de produção de provas e à procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
As investigações da Aeronáutica concluíram que o acidente que matou então presidenciável foi causado por uma sequência de falhas do piloto Marcos Martins - desde a falta de treinamento para aquela aeronave até o uso de "atalho" para acelerar o procedimento de descida. A família do político contesta relatório que apontou falha humana e condições meteorológicas adversas como possíveis causas da queda.