O presidente Michel Temer reuniu, na tarde desta quarta-feira (21), o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), conhecido como Conselhão. Na reunião, tanto Temer quanto alguns de seus ministros fizeram um balanço dos 22 meses de governo. Estavam presentes os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Fazenda, Henrique Meirelles, e da Segurança Pública, Raul Jungmann.
Em sua fala de abertura, o presidente lembrou a reforma da Previdência, que seu governo tentou aprovar por vários meses. Para ele, a medida encontrou resistência nos "setores privilegiados da sociedade".
— Resolvemos enfrentar um tema central para o país, a reforma da Previdência, que foi combatida por setores privilegiados da sociedade, já que ela não se dirigia aos mais pobres. Ao contrário, os mais vulneráveis, que ganhavam até o teto da aposentadoria do setor privado, não tinham prejuízo nas propostas que fizemos — disse.
Temer demonstrou compreensão com o insucesso do tema na Câmara dos Deputados e atribuiu ao ano eleitoral a falta de apoio de parlamentares para a aprovação da matéria.
— Este é um ano eleitoral, complicadíssimo. Sendo ano eleitoral, eu compreendo perfeitamente que seja mais difícil votar a reforma da Previdência.
Ao lembrar temas que considerou importantes em sua gestão, o presidente lembrou a lei do teto dos gastos públicos, a reforma do Ensino Médio e a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
Verba para intervenção
O presidente também confirmou a liberação de R$ 1 bilhão para a intervenção federal, no Rio de Janeiro. Temer viaja no início da noite desta quarta para o Estado para falar de segurança pública com o interventor, general Walter Braga Netto.
— Mais à noite, vou para o Rio de Janeiro com essa verba aprovada e ajustada de R$ 1 bilhão, sendo certo que, se necessário for, alocaremos outras verbas para essa matéria.