Em entrevista exibida nesta sexta-feira, 2, pela RedeTV!, o presidente Michel Temer evitou dizer se será ou não candidato à reeleição este ano e limitou-se a afirmar que vai examinar essa questão em junho, às vésperas do início do prazo para registro de candidaturas. "Podemos dizer que o meu papel hoje é fazer o melhor governo possível", declarou.
Em outro momento da entrevista, ao ser questionado sobre se o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), seria o melhor nome para defender as reformas de seu governo, Temer disse que o tucano é um "bom candidato", mas repetiu que qualquer decisão relacionada à eleição só será tomada em junho. "Só digo quem será o candidato do meu governo se me convidarem para uma outra entrevista em junho", disse.
O presidente declarou também que as pesquisas de intenção de voto que são feitas hoje "não valem absolutamente nada". "Temos inúmeros exemplos de candidatos a governador e prefeito que tinham 1% ou 2% nas pesquisas e ganharam a eleição. A pesquisa que vale é a da véspera da eleição. Quem tem 1% hoje pode ter 30% no final da campanha", disse.
Alguns dos nomes que podem ser apoiados pelo presidente aparecem mal posicionados nas últimas pesquisas, como o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O governador Geraldo Alckmin aparece um pouco melhor, mas ainda assim longe de chegar ao segundo turno.
"As pesquisas de hoje são um mero indicativo, nada mais do que isso", disse Temer. Além disso, ele argumentou, todos os nomes que aparecem como possíveis defensores do seu governo ainda não se apresentaram como candidatos, o que, para o presidente, tem influência na resposta dos eleitores nas pesquisas. "Fala-se que eles vão ser candidatos, mas ninguém ainda disse que é candidato", afirmou.