O juiz federal Sergio Moro condenou o ex-gerente da área Internacional da Petrobras Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos a 11 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O magistrado manteve a prisão do executivo, que está custodiado desde 26 de maio.
Denúncia da força-tarefa da Operação Lava-Jato acusou o ex-funcionário da estatal de receber US$ 4,8 milhões em propinas na conta da offshore Sandfield, na Suíça, da qual era beneficiário. Em contrapartida, afirmou o Ministério Público Federal, ele usou do cargo para dar amparo técnico a um negócio envolvendo a venda de um campo seco de petróleo em Benin, na África, da empresa Companie Beninoise des Hydrocarbures Sarl (CBH) para a Petrobras, em 2011.
Na sentença, Moro decretou o confisco de US$ 4,685 milhões. "Parte desses valores estaria ainda mantido atualmente na conta em nome da Sandfield Consulting no BSI, na Suíça, e que fica confiscado. A efetivação do confisco desses valores ficará a cargo do Ministério Público Federal e dependerá de cooperação jurídica internacional", anotou o magistrado.
Moro ordenou ainda o confisco de R$ 8.888,05 bloqueados em contas correntes de Pedro Augusto Corte Xavier Bastos.