O ex-ministro Antonio Palocci disse, nas negociações para fechar um acordo de delação premiada, que o seu sucessor na Fazenda, Guido Mantega, vendia informações privilegiadas para bancos. A informação é da Folha de S.Paulo.
Segundo Palocci, Mantega montou uma espécie de central de venda de informações para o setor financeiro durante os governos petistas. A sede seria o prédio do Ministério da Fazenda em São Paulo, na Avenida Paulista.
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Palocci também teria afirmado que Mantega antecipava dados sobre juros e medidas provisórias que eram de interesse de bancos em troca de apoio ao PT. Assim, agentes do sistema financeiro possuíam acesso antecipado ou privilegiado a informações importantes e podiam se preparar para medidas que afetariam o setor.
O esquema teria começado no governo Lula, em 2006, e seguido durante a gestão Dilma Rousseff. Mantega foi ministro até 2015. Por meio de seu advogado, o ex-ministro declarou que vê a acusação com "estranheza".
Preso desde setembro de 2016, Palocci tem se dedicado à elaboração de sua proposta de acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a força-tarefa da Lava-Jato.