A Polícia Federal (PF) concluiu que não houve edição na gravação da conversa entre o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, e o presidente Michel Temer, em reunião noturna e fora da agenda oficial, no dia 7 de março, no Palácio do Jaburu. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
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A perícia, realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC), foi finalizada nesta sexta-feira e deve ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira (26). Segundo a Folha, a análise dos peritos identificou 180 interrupções naturais no áudio, causadas pelo gravador.
Segundo o relatório da PF, o equipamento utilizado por Joesley possui dispositivo que pausa automaticamente a gravação em momentos em que não identifica som, o que teria causado as interrupções.
O laudo da PF é um revés para a defesa de Temer, que tenta desqualificar o áudio desde o vazamento da delação do executivo da JBS.
A expectativa é de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente até terça-feira (27) denúncia contra Temer ao Supremo.