O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio, decidiu nesta quinta-feira (22), abrir um novo inquérito relacionado ao senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) pelo crime de lavagem de dinheiro. O pedido de abertura foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), após o parlamentar já ter sido denunciado por corrupção.
De acordo com a PGR, o novo inquérito deve apurar suposto recebimento pelo senador afastado de mais de R$ 60 milhões em propina, por meio de notas fiscais frias da JBS.
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Denúncia anterior
Na primeira denúncia, Aécio é acusado dos crimes de corrupção e obstrução da Justiça. A procuradoria acusa o senador afastado de solicitar R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, sócio do Grupo J&F, controlador do frigorífico JBS.
Sobre a acusação de obstrução da Justiça, o procurador-Geral da República Rodrigo Janot sustenta que o senador afastado tentou embaraçar as investigações da Operação Lava-Jato, na qual também é investigado, ao "empreender esforços" para interferir na distribuição dos inquéritos dentro da Polícia Federal. Por fim, o procurador solicitou ao STF que Aécio e sua irmã sejam condenados ao pagamento de R$ 6 milhões por danos decorrentes dos casos citados de corrupção.
Após ser denunciado, a defesa do senador afastado disse que recebeu "com surpresa a notícia" da denúncia. "A defesa lamenta o açodamento no oferecimento da denúncia e aguarda ter acesso ao seu teor para que possa demonstrar a correção da conduta" de Aécio.