O juiz da 10ª Vara Federal de Brasília Vallisney de Souza Oliveira determinou, nesta terça-feira (23), o bloqueio de R$ 60 milhões de 13 alvos da Operação Panatenaico, que investiga propinas e fraudes em licitações nas obras do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, reformado para a Copa do Mundo de 2014.
Os ex-governadores do DF Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PMDB) tiveram, cada um, R$ 10 milhões bloqueados pela Justiça – eles são alvo de prisão temporária. O assessor especial da Presidência Tadeu Fillipelli, foi alvo de bloqueio de bens no valor de R$ 6 milhões. Ele também foi preso temporariamente.
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A prisão de um novo ocupante do terceiro andar no Palácio do Planalto, com gabinete a poucos metros do presidente Temer, é mais uma grande preocupação para o governo. Esta operação da Polícia Federal atinge o coração do Planalto e também Temer. Assessores avaliam que não há como negar.
Tadeu Filippelli é o terceiro assessor de Temer a ser derrubado. Antes dele, José Yunes e Rodrigo Rocha Loures acabaram afetados por denúncias. Filippelli que, assim como Temer, é do PMDB, na divisão de tarefas, atuava nos bastidores e fazia ponte com empresários e parlamentares, uma vez que foi deputado também.
Também ex-vice-governador do Distrito Federal Tadeu Filippelli era uma pessoa próxima ao presidente e o acompanhava no Palácio do Planalto desde a vice-presidência. Assim como o deputado Rocha Loures, José Yunes, Gastão Toledo e o ex-deputado Sandro Mabel, todos tinham gabinete no terceiro andar do Planalto.
No Planalto, assessores de Temer tentam explicar que o motivo da prisão de Filippelli tem a ver com atos ocorridos antes dele ter chegado ao Planalto, quando fazia parte do governo do Distrito Federal.
*Estadão Conteúdo