Veja o que ocorreu na tarde desta quarta-feira (24):
Ministério da Agricultura registra incêndio e todos os ministérios são evacuados
A marcha de centrais sindicais – contra o presidente Michel Temer e as reformas do governo – na tarde desta quarta-feira (24), em Brasília, foi palco de confronto entre manifestantes e policiais. O ato se concentrou na Esplanada dos Ministérios e no entorno do local. Pouco depois das 15h15min, um incêndio foi provocado no térreo do prédio do Ministério da Agricultura. Com a intensificação do protesto e dos registros de depredação, a Casa Civil determinou a liberação de todos os funcionários da Esplanada. Oito pessoas foram presas e 49 ficaram feridas durante o embate.
Temer autoriza emprego das Forças Armadas após quebra-quebra
Em função da manifestação violenta na Esplanada, Temer autorizou a atuação das Forças Armadas para garantir a segurança e proteger prédios públicos em Brasília. As tropas federais permanecerão no Distrito Federal até a próxima quarta-feira (31). A segurança do entorno da Esplanada dos Ministérios e dos palácios do governo federal vai contar com o acréscimo de 1,5 mil militares após os atos de vandalismo contra prédios das pastas do governo nesta quarta-feira (24). Desse montante, 1,3 mil homens são do Exército e 200 da Marinha.
Deputados brigam no plenário da Câmara após anúncio da convocação das Forças Armadas
O decreto de atuação das Forças Armadas provocou uma rusga entre Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Escalado pelo Planalto para comunicar a decisão, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que o emprego das Forças Armados foi uma solicitação de Maia. Foi então que o plenário da Câmara entrou em uma confusão generalizada. Minutos depois, o próprio Maia distribuiu cópias do ofício enviado ao Planalto, no qual solicitava o envio de homens da "Força Nacional de Segurança".
Defesa de Temer recorre ao STF para adiar depoimento à Polícia Federal
Em uma tentativa de adiar o depoimento do presidente Michel Temer à Polícia Federal (PF), a defesa do peemedebista recorreu, nesta quarta-feira (24), ao Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com os advogados, uma escrivã da PF entrou em contato com a banca de advogados para saber quando Temer poderia depor. Em petição enviada no início da tarde ao ministro Edson Fachin, relator do inquérito contra o presidente no STF, os advogados sustentam que Temer não pode prestar depoimento porque ainda não está pronta a perícia que está sendo realizada pela própria PF no áudio no qual o empresário Joesley Batista, dono da JBS, gravou uma conversa com o presidente. Fachin disse que a PF não está autorizada a tomar depoimento de Temer.
Comissão da Câmara aprova convite para ouvir irmãos Batista e presidente do BC
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou, nesta quarta-feira (24), convite para ouvir o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e os empresários Joesley e Wesley Batista, da JBS. Os pedidos se estenderam também ao presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Pereira, ao ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Sherman Cavalcanti e a Celso Finkelstain, diretor-presidente da BM&F Bovespa. O requerimento pede que os convidados esclareçam a movimentação atípica no mercado financeiro no dia 17 de maio.
Rodrigo Maia nega engavetamento de impeachment de Temer
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou nesta quarta-feira (24) que tenha engavetado os pedidos de impeachment do presidente Michel Temer protocolados na Câmara, com base na delação premiada da JBS. Segundo ele, uma questão "tão grave como essa não pode ser avaliada num drive-thru". Maia avaliou que a votação de terça-feira no plenário da medida provisória (MP) que autoriza saque de contas inativas do FGTS foi uma sinalização importante para o governo, mas também para sociedade de que a Casa está focada na recuperação econômica do país