O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistiu do testemunho do senador Romero Jucá (PMDB-RR), na Operação Lava-Jato. Em ofício anexado aos autos da ação penal, às 21h37min de segunda-feira, que responde na 13ª Vara Federal, em Curitiba, a defesa do petista afirmou que o depoimento de Jucá "versaria sobre questões que já foram esclarecidas por outras testemunhas e documentos carreados aos autos".
Nesta ação, Lula é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões em benefício próprio – de um valor de R$ 87 milhões de corrupção – da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012. As suspeitas contra Lula são relativas ao recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio de um tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, mantido pela Granero de 2011 a 2016.
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A audiência de Jucá estava marcada para às 9h30min desta terça-feira, por meio de videoconferência. Jucá foi líder do governo Lula no Senado. O senador é o atual líder da gestão Michel Temer na Casa.
Em outro ofício, os advogados do petista desistiram de mais cinco testemunhas que falariam por videoconferência. Os depoimentos do general Marco Edson Gonçalves Dias e do brigadeiro Rui Chagas Mesquita, estavam marcados para esta terça, às 9h30min.
A audiência do ex-ministro Gilberto Carvalho estava agendada para quarta-feira, de Letícia Archur Antonio e de Antonio Luis Costa, para quinta, do ex-presidente do PT Ricardo Berzoini e do deputado federal Henrique Fontana Junior (PT-RS) para quarta-feira da semana que vem, dia 15 de março.