Deputados da oposição e representantes de movimentos sindicais fecharam, nesta terça-feira, uma estratégia para tentar impedir a aprovação da Reforma da Previdência na Câmara.
A ideia é atuar em duas frentes: uma nos municípios, para que os eleitores pressionem os deputados a se posicionar contra a reforma; e outra em Brasília, abordando parlamentares da base que se mostram indecisos sobre a questão.
Leia mais
Regra de transição na reforma da Previdência deve ser modificada no Congresso
Celso de Mello dá 10 dias para Temer e Câmara explicarem reforma
Rui Falcão diz que PT prepara campanha nacional contra reforma da Previdência
O primeiro foco serão os 38 deputados que fazem parte da comissão especial que discute a Proposta de Emenda à Constituição. A oposição calcula que tem 11 votos contra a proposta no colegiado.
– Precisamos de mais nove para ter maioria. Vamos atuar no varejo, indo de gabinete em gabinete – disse o deputado Sílvio Costa (PTdoB-PE).
Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), o governo vai ter dificuldade para aprovar a reforma, porque mesmo na base aliada há muito parlamentar que mostra resistência em apoiar a medida.
– Vamos conversar com o eleitor de cada deputado. Eles vão sentir a pressão – disse.
Para mobilizar a população, o plano será fazer protestos em cidades de todo o país, não apenas em Brasília. Uma das ideias é realizar audiências públicas nas câmaras municipais, para levar o debate também aos "rincões" nacionais.
– A partir de março, o Brasil vai pegar fogo – afirmar o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP).
Além de deputados da oposição, participaram do encontro representantes da CUT, Contag, CTB e Nova Central Sindical.
*Estadão Conteúdo