Preso na manhã desta segunda-feira, o empresário Eike Batista foi transferido do presídio Ary Franco, onde passou por uma triagem e teve a cabeça raspada, para a penitenciária Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9. Conforme o jornal O Globo, que ouviu agentes da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a unidade recebe, em sua maioria, policiais presos, geralmente cumprindo pena por crimes ligados ao envolvimento com milícias.
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Ainda de acordo com a reportagem, Bangu 9 apresenta superlotação de 110 presos acima da capacidade. Cada cela comporta seis detentos. Por não ter nível superior, o empresário não pode ir para Bangu 8, onde está o ex-governador Sérgio Cabral, a quem Eike é acusado de pagar propina.
O empresário terá direito a duas horas de banho de sol e café com lei e pão com manteiga no café da manhã. De acordo com a Seap, os detentos da unidade têm direito a arroz ou macarrão, feijão, uma porção de proteína (carne, frango ou peixe), salada, refresco e fruta ou doce de sobremesa para o almoço. O lanche oferecido tem suco e bolo.
Além disso, Eike terá direito a visitas após seus familiares fazerem a carteirinha de cadastro, que demora, em média, 15 dias para ficar pronta. As visitas em Bangu 9 são feitas diariamente, exceto às terças-feiras. No entanto, há uma divisão dos dias por ala. Cada preso recebe, em média, duas visitas por semana.
Segundo o Globo, Bangu 9 é uma das unidades mais novas do sistema carcerário do Rio de Janeiro e, por isso, ainda tem melhores condições, inclusive de limpeza, comparada a outras prisões. A defesa de Eike formalizou junto à Justiça Federal a preocupação de que ele fosse encaminhado a uma unidade onde não tivesse a integridade física ameaçada.
*Com informações do jornal O Globo e Estadão Conteúdo