O governador José Ivo Sartori lamentou nesta quarta-feira que quem ajudou a criar a crise no Rio Grande do Sul não esteja ajudando agora – numa referência aos deputados de oposição que votaram a favor do projeto que manteve repasses maiores para Judiciário e Legislativo.
–Apenas lamento uma coisa: que quem tenha ajudado a criar a crise não tenha ajudado em nenhum momento a solucionar – disse em entrevista ao Timeline Gaúcha.
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O que vem depois do pacote de Sartori
O governador justificou o pacote aprovado na Assembleia Legislativa que prevê a extinção de órgãos ao reforçar que somente modernizando a estrutura do Estado será possível começar a resolver os problemas financeiros.
Sobre a extinção da Fundação Piratini, Sartori comentou um vídeo de 2015 que circula nas redes sociais em que defende a importância da TVE. Ele justificou que sempre desejou que a emissora pública tivesse vida longa, mas que o modelo de gestão da fundação a teria tornado inviável financeiramente.
Sobre os salários dos servidores, ele disse que até o dia 13 de janeiro de 2017 será pago o montante referente a dezembro de 2016. Em relação ao 13º, garantiu o envio à Assembleia de projeto para corrigir o parcelamento em 12 vezes pela inflação do período.
O governador ainda comentou a decisão do presidente Michel Temer de vetar o projeto aprovado no Congresso Nacional de renegociação das dívidas dos Estados. Sartori disse que respeita a posição do presidente, mas que seguirá negociando. Afirmou que o Rio Grande do Sul já fez a lição de casa, numa referência a corte de gastos.
Sobre uma possível disputa em 2018, o governador desconversou e disse que não pensa a respeito, destacando que no momento não precisa dizer sim nem dizer não.