O juiz federal Sérgio Moro determinou que o ex-deputado federal e ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira seja solto mediante o pagamento de fiança de R$ 1 milhão. Réu nas operações Lava Jato e Custo Brasil, o petista gaúcho está preso desde junho. A decisão de Moro, nesta sexta-feira, trata da Lava Jato.
Responsável pela defesa de Ferreira, José Roberto Batochio destaca que ex-tesoureiro não tem condições de pagar o valor da fiança. O advogado tentará uma maneira alternativa para que o gaúcho aguarde o julgamento em liberdade.
"Como um sujeito que está com a conta negativa em R$ 50 mil vai pagar uma fiança de R$ 1 milhão?", questiona.
Foi a segunda vitória de Ferreira nesta semana. Na terça-feira, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) aceitou pedido de habeas corpus da defesa do petista, que tinha uma mandado de prisão na Custo Brasil. A operação investiga fraude com empréstimos consignados que teria desviado recursos do Ministério do Planejamento.
Na Lava Jato, Ferreira tornou-se réu por suspeitas de desvios nas obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) da Petrobras, no Rio de Janeiro. Nas duas operações o petista ainda não foi condenado pela Justiça. Sua defesa nega as acusações.
Em depoimento a Moro na quarta-feira, Ferreira admitiu a prática de caixa 2 na sua campanha de deputado em 2010 e nas campanhas do PT.