Dois familiares do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, atuam como representantes no empreendimento La Vue em uma ação contra o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo. O prédio vem sendo alvo de polêmica desde que o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, deixou o cargo e acusou o articulador político do Planalto de tê-lo pressionado para que atuasse na liberação de parecer técnico para a obra.
Em entrevista, Geddel reconheceu que possui um apartamento no La Vue. No entanto, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo, as ligações do ministro com o empreendimento são mais amplas, já que um primo e um sobrinho do peemedebista atuam como procuradores da obra.
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Conforme a publicação, uma procuração da Porto Ladeira da Barra Empreendimento, que executa a construção do prédio, nomeou como representantes do La Vue os advogados Igor Andrade Costa, Jayme Vieira Lima Filho – primo e sócio de Geddel em um restaurante – e o estagiário Afrísio Vieira Lima Neto – filho do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ministro.
O documento foi assinado cinco dias após o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff, em 17 de maio deste ano. Algumas semanas antes, ainda durante o governo da petista, o Iphan embargou a obra, alegando que a construção teria impacto em monumentos históricos como o Forte de São Diogo e a Igreja de Santo Antônio da Barra.