A maioria dos conselheiros da Comissão de Ética da Presidência da República votou nesta segunda-feira pela abertura de investigação contra o ministro da Secretaria Geral de Governo, Geddel Vieira Lima. Ele é acusado pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, de pressionar o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a liberar empreendimento imobiliário em Salvador (BA). As informações são da Rádio Gaúcha.
A apuração ainda não será aberta, no entanto, porque um dos integrantes da comissão pediu vista da matéria. Uma nova reunião está marcada para o dia 14 de dezembro.
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O presidente da comissão, Mauro Menezes, foi um dos cinco conselheiros favoráveis a investigação. Para ele, as denúncias feitas por Calero à imprensa trazem evidências de que Geddel pode ter utilizado a função pública para interesses particulares.
Ele afirmou ainda que o pedido de um dos conselheiros por mais tempo precisa ser respeitado e, por isso, o caso não será averiguado imediatamente. Menezes não acredita na possibilidade de integrantes do governo pressionarem os conselheiros até a próxima reunião.
Segundo ele, a atitude de Geddel pode ser alvo de uma sanção administrativa até uma recomendação de exoneração, que seria avaliada exclusivamente pelo presidente da República.
*Rádio Gaúcha