Um misto de festa e lamentação marcou - no comitê do PSOL - o encerramento da apuração dos votos da eleição de Porto Alegre no início da noite deste domingo (2). Candidata a prefeita, Luciana Genro não confirmou o favoritismo das primeiras pesquisas eleitorais.
Na contagem final, Luciana não conseguiu manter a quarta posição das mais recentes pesquisas e ficou em quinto lugar no pleito, com 86.352 votos, correspondendo a 12,06% dos votos válidos. Na apresentação dos primeiros números, a candidata do PSOL chegou a manter a disputa pelo quarto lugar, mas acabou ultrapassada por Maurício Dziedrick (PTB).
"Saberíamos que seria dura a disputa. O jogo da eleição é duro para quem não entra na lógica da política tradicional, do loteamento de cargos, das negociatas. Mas nosso resultado foi extraordinário diante dessas imensas dificuldades", afirmou Luciana.
A surpresa indesejada foi compensada à medida que eram divulgados os números dos candidatos a vereador. Fernanda Melchionna se reelegeu a alcançou a marca inédita de vereadora mais votada da Câmara, com 14.630 votos, passando o feito histórico de Pedro Ruas em 2012.
"Existe uma base social forte para a nossa proposta de nova política. O PSOL está se enraizando cada vez mais em Porto Alegre", declarou a candidata. Com o desempenho dos vereadores, o PSOL conquistou mais uma cadeira na Câmara. Além de Melchionna, o partido elegeu Roberto Robaina e o professor Alex Fraga.
Os dirigentes do PSOL afirmaram, no final, que o processo político não está encerrado. Segundo Robaina, militantes irão ao Rio de Janeiro trabalhar pela eleição de Marcelo Freixo (PSOL), que conseguiu o segundo lugar na disputa do segundo turno à prefeitura do Rio de Janeiro.