Pelo terceiro dia consecutivo, desde que Dilma Rousseff foi definitivamente afastada da Presidência, manifestantes saíram às ruas de Porto Alegre, na noite desta sexta-feira, para protestar contra o presidente Michel Temer. Embora tenha havido depredações em agências bancárias e contêineres de lixo revirados, não houve confronto com a Brigada Militar.
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A concentração do "Ato Contra O Golpe: Fora Temer!" foi marcada para as 18h na Esquina Democrática, no Centro Histórico. De lá, os manifestantes saíram em caminhada pela Avenida Borges de Medeiros, Rua José do Patrocínio, Rua da República, chegando na Avenida João Pessoa, onde um grupo de aproximadamente cinco pessoas chutou contêineres de lixo.
A Brigada Militar, que acompanhava de longe o protesto, com homens do Batalhão de Choque e também um helicóptero, agiu apenas quando esses mesmos manifestantes, já na Avenida Venâncio Aires, depredaram cerca de quatro agências bancárias. Dois bancos na Rua José do Patrocínio também foram atacados. Duas bombas de efeito moral foram arremessadas para dispersar o grupo, que cobria o rosto com camisetas ou toucas ninja. A maioria dos participantes da passeata repudiou a ação dessa minoria.
As centenas de pessoas, em número menor do que nos dois dias anteriores, seguiu pela Rua José do Patrocínio até o Largo Zumbi dos Palmares, onde, após gritos de protesto contra o "golpe" de Temer, o ato foi encerrado e os manifestantes começaram a dispersar. Ainda assim, depois disso foi colocado fogo em um contêiner na Avenida Loureiro da Silva (foto abaixo). A manifestação foi encerrada por volta das 22h.
Também ocorreu um ato em Florianópolis. O evento, com o nome "Ato Nenhum Direito a Menos #foratemer", começou no Largo da Alfândega e teve um "esquenta" na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Houve protestos também no Rio de Janeiro, em Goiânia, Mossoró (RN), Salvador, entre outros lugares do país.