O ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir a devolução de seus direitos políticos. Delcídio entrou com um mandado de segurança na corte máxima nesta sexta-feira, apenas 48 horas depois que o Senado fatiou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, cassando seu mandato, mas permitindo à petista que se mantenha na vida pública.
O mandado de segurança é subscrito pelo advogado Figueiredo Basto, que defende o ex-senador na Lava-Jato.
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O documento pede que "seja concedida em definitivo a segurança, a fim de que seja declarada a nulidade dos atos praticados desde 9 de maio de 2016, retomando-se o feito na fase da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, conforme o que havia sido deliberado na reunião, no sentido de se expedir ofício ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República para que fossem trasladados os documentos, inclusive o aditamento da denúncia.
O mandado de segurança solicita "alternativamente, caso seja mantida a cassação do mandato parlamentar de Delcídio Amaral, sejam mantidos hígidos os seus direitos políticos".
Delcídio foi cassado em maio deste ano pelo plenário do Senado, por envolvimento na Operação Lava-Jato. Foram 74 votos a 0 e uma abstenção.
O ex-senador foi o responsável por uma delação premiada fulminante na Operação Lava-Jato. Delcídio citou a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, o presidente do PSDB Aécio Neves e a cúpula do PMDB no Senado, incluindo o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).