O juiz federal Sergio Moro, que conduz os processo em primeiro grau da Operação Lava-Jato, suspendeu nesta sexta-feira por duas semanas a ação penal contra executivos da Odebrecht após "notícia de que acusados" estariam "negociando alguma espécie de acordo de colaboração". O presidente do grupo, Marcelo Bahia Odebrecht, e executivos discutem com o Ministério Público Federal uma delação em que vão confessar envolvimento na corrupção descoberta na Petrobras.
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"Encerrada a instrução, é o caso de designar os interrogatórios dos acusados. Ponderou porém o juiz que há notícia de que alguns acusados, inclusive todos os presos por este processo, estariam negociando alguma espécie de acordo de colaboração, o que pode ser determinante para a posição que adotarão em seus interrogatórios nesta ação penal", registrou Moro.
"Nesta condição, com a concordância das defesas, resolvo suspender a Ação Penal por duas semanas."
A decisão de Moro foi dada em termo de audiência de três testemunhas da acusação no processo em que Odebrecht e executivos do grupo são réus por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, decorrente da descoberta de um departamento oficial de propinas na empresa. O marqueteiro do PT João Santana também é réu nesse caso. Moro afirma que embora o MPF "tenha se manifestado no sentido de que suspensão não seria necessária", o processo que está em fase final ficará suspenso. "Ao cabo de duas semanas, reavaliarei."
*Estadão Conteúdo