O presidente em exercício da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), convocou para a próxima quinta-feira, às 16h, sessão extraordinária para a escolha do novo chefe da mesa diretora. Eduardo Cunha, que ocupava o posto até ser afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em maio, anunciou a renúncia na tarde de hoje.
A eleição poderia ocorrer depois de cinco sessões plenárias a partir da publicação da renúncia no Diário Oficial da Câmara, mas Maranhão antecipou a convocação.
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O deputado eleito presidente atuará por somente sete meses, até fevereiro, quando nova eleição para o biênio 2017-2018 será realizada. Todos os parlamentares no exercício do mandato em Brasília poderão se candidatar até o meio dia do dia 14 de julho.
Logo após a entrevista coletiva de Cunha, o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), havia defendido a eleição o mais breve possível. O objetivo do governo, segundo ele, é fechar uma candidatura única para fortalecer a eleição.
– Estive mais cedo com o presidente Temer e ele espera que a Câmara consiga construir uma candidatura única, com um nome da base do governo. Mas como um homem de Congresso, Temer entende que essa é uma decisão do Parlamento e não vai haver qualquer interferência do governo na escolha do nome – disse.
Para vencer, o candidato deve ter maioria absoluta dos votos na Câmara – a metade mais um dos 513 parlamentares. Caso o candidato à presidência não conseguir a maioria absoluta dos votos no primeiro turno, um segundo turno será convocado. Neste caso, bastará maioria simples dos votos para eleger o novo presidente da Câmara. O quórum mínimo para início da sessão é de 257 deputados.