A Organização das Nações Unidas (ONU) queixa-se da falta de negros na cúpula do governo brasileiro e aponta que, com mais de 150 milhões de afrodescendentes na América Latina, essa população ainda está pouco representada nas decisões políticas.
O alto comissário de Direitos Humanos da ONU, Zeid Al Hussein, falou sobre o tema. Em discurso, disse que está "preocupado com a baixa representação política de afrodescendentes na América Latina e no Caribe ".
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– Existem cerca de 150 milhões de pessoas de descendência africana na região, somando quase 30% da população. Eles são mais da metade da população do Brasil e mais de 10% da população de Cuba – afirmou Zeid.
– Mas sua representação nos altos níveis do governo, incluindo nos ministérios, é muito inferior – alertou.
O jordaniano também disse que a representação "importa".
– Esse déficit de representação na cúpula do poder afeta toda a sociedade: parlamentos, locais de trabalho no setor público e privado, escolas, tribunais, na imprensa, todos lugares em que às vozes dos afrodescendentes são dados muito pouco peso – disse.
– Peço que esses governos tomem ações para refletir a diversidade de sua população dos órgãos de tomadas de decisão, incluindo a consideração de políticas de ação afirmativa – completou.