O presidente do Tribunal de Contas do Maranhão, João Jorge Jinkings Pavão, mandou abrir uma sindicância para investigar Thiago Augusto Azevedo Maranhão Cardoso, filho do presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA). No mesmo despacho, o presidente do TCE o exonerou do cargo comissionado de assessor de conselheiro.
Thiago Augusto Maranhão é médico e mora em São Paulo. Ele recebia R$ 6,5 mil líquidos por mês pelo cargo que não exercia no Tribunal.
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O pai de Thiago, deputado Waldir Maranhão, assumiu a presidência da Câmara após o Supremo Tribunal Federal afastar o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do comando da Casa. Na manhã de segunda-feira, o deputado anulou sessões da Câmara que votaram o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). No fim da noite, o deputado desistiu de sua determinação de anular o afastamento da petista.
De acordo com o portal da transparência do TCE-MA, Thiago Maranhão estava nomeado como assessor de conselheiro com a simbologia TC-04, o que garantia uma remuneração bruta de R$ 7,5 mil. O filho do presidente interino da Câmara Federal era lotado no gabinete do ex-presidente do órgão Edmar Cutrim, histórico aliado da família Sarney.
Thiago Maranhão trabalha em hospitais e cursa pós-graduação na cidade de São Paulo (SP). O TCE não informa desde quando o médico está nomeado, mas informações obtidas através do seu currículo acadêmico apontam que ele já era funcionário do órgão desde a época que fazia residência médica no Rio de Janeiro.
*Estadão Conteúdo