Foi oficializada nesta quarta-feira (16) a escolha de Marco Peixoto para assumir a presidência do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A eleição ocorreu por unanimidade. No entanto, a aclamação é alvo de contestação do Ministério Público de Contas (MPC). O órgão ingressou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) com o argumento de que a escolha de Peixoto atenta contra o princípio da moralidade. Isso porque ele é réu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em um processo de estelionato.
Após a cerimônia de posse, Peixoto disse que não se sente constrangido com a situação e considera sua eleição legítima. "Eu tô tranquilo, isso recém está iniciando no STJ, não sei se levará 1 ou 8 ou 10 anos. Inclusive tem conselheiros aqui da Casa que já se aposentaram e possuem processos no STJ, tem 40 casos de conselheiros do Brasil inteiro que respondem a processos", afirmou.
A acusação é referente ao período em que ele foi deputado estadual pelo Partido Progressista (PP). Na época, foi apontada suspeita de Peixoto ter contratado funcionário fantasma. Atualmente, ele emprega funcionário que já foi condenado por desviar recursos da Assembleia Legislativa.
A posse do novo presidente do TCE contou com a presença de dezenas de autoridades do Rio Grande do Sul. Entre elas, o governador José Ivo Sartori, secretários de Estado, deputados estaduais e prefeitos. O mandato é válido por um ano, podendo ser renovado por mais um.