Prestes a completar 85 anos, o senador Pedro Simon (PMDB), assinou, na tarde desta segunda-feira (25) o pedido de registro de candidatura para tentar o quinto mandato no Senado Federal. Ele substitui a candidatura de Beto Albuquerque (PSB), que deixou a vaga para assumir o posto de candidato à vice-presidente de Marina Silva, após a morte de Eduardo Campos.
Em ato político na sede do PMDB gaúcho, Simon alegou que aceitou o convite do partido após a recusa de outros nomes que foram sondados, como Ibsen Pinheiro e José Fogaça. O candidato garantiu que seu principal objetivo, ao aceitar o desafio, é ajudar na campanha de Marina à presidência e de José Ivo Sartori ao Palácio Piratini.
"Aceitei porque aqui é meu lugar", disse ele, para aplausos dos militantes que acompanharam o ato.
Diante da polarização na corrida ao Senado entre Olívio Dutra (PT) e Lasier Martins (PDT), o senador evitou direcionar críticas aos adversários, mas reconhceu a dificuldade na disputa, já que ambos já estão em campanha há mais tempo.
"A possibilidade de eu perder existe. Não sei qual será a repercussão: se negativa, se vou cair no ridículo, ou se vou ser debochado. A repecussão em cima de mim não estou preocupado, mas eu aceitei. Pior é se faltasse meia dúzia de votos e eu tivesse recusado", destacou.
Simon garantiu que, embora tenha recebido recomendações médicas para não participar da eleição, irá fazer campanha normalmente e viajará, não só pelo Rio Grande do Sul, mas também para outros estados para prestar apoio a Marina, como Paraná e São Paulo, por exemplo. Ele também disse que trabalhará para superar as divergências internas no PMDB gaúcho, onde setores do partido recusam-se a seguir a aliança com o PSB e prestam apoio tanto a Aécio Neves (PSDB) como Dilma Rousseff (PT). Ele já irá aparecer na propaganda de TV na noite desta segunda-feira.