A presidente Dilma Rousseff realizou um pronunciamento oficial sobre a morte de Eduardo Campos, nesta quarta-feira (13). Em sua fala, ela homenageou Campos e salientou sua importância na política nacional. Dilma ainda confirmou sua presença no velório do ex-governador de Pernambuco.
"O Brasil perde uma jovem liderança com um futuro extremamente promissor pela frente. Um homem que poderia galgar os mais altos postos", disse a presidente. Dilma ainda lembrou o avô de campos, Miguel Arraes. "Eduardo era neto de um grande político, democrata, um lutador que foi referência para a minha geração".
Em seguida, a presidente salientou: "Espero que o exemplo do Eduardo Campos sirva para mante-lo vivo na memória e nos corações dos brasileiros e das brasileiras", disse Dilma. "Queria estender aos assessores e às suas famílias as condolências e o meu pesar. Quero também estender às famílias das vítimas que sofreram às consequências daquele desastre", completou.
"O Governo Federal está decretando um luto de três dias", confirmou a presidente.
Morte de Campos
O candidato à presidência da República Eduardo Campos, 49 anos, morreu em acidente aéreo na manhã desta quarta-feira (13), em Santos, no litoral de São Paulo. O jato particular onde o político estava caiu sobre uma área residencial e atingiu três casas. Outras seis pessoas morreram na tragédia.
De acordo com a Aeronáutica, a aeronave era um Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, que havia decolado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato.
Nascido em Recife, em 10 de agosto de 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos era economista. Em sua trajetória, foi secretário estadual, deputado federal, ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por dois mandatos. Em abril deste ano, renunciou ao cargo para concorrer à Presidência, um ano após o seu partido, o PSB, romper com o governo Dilma.
Eduardo Campos era candidato pela coligação Unidos Pelo Brasil, que congregava seis partidos, tendo como vice a ex-senadora Marina Silva. Nas pesquisas, aparecia em terceiro lugar na disputa pelo Palácio do Planalto.
Campos era casado com a economista e auditora do Tribunal de Contas do Estado Renata Campos, com quem teve cinco filhos.