Quem estiver transitando por estradas hoje abarcadas pelos polos de pedágio Metropolitano, Caxias do Sul e Lajeado no dia 7 de julho de 2013 poderá ser surpreendido: as cancelas das praças possivelmente estarão erguidas e, os condutores, desobrigados de pagar a tarifa de R$ 6,70.
O Piratini admitiu este cenário pela primeira vez na terça-feira, após solenidade em que o governador Tarso Genro assinou o edital de contratação de consultoria que irá projetar, ao custo máximo de R$ 8 milhões, o novo modelo de concessões rodoviárias do Estado.
Saiba mais
Confira o calendário do governador para resolver a questão dos pedágios
As pretensões de Tarso esbarram nos prazos. O governo precisará tocar dois processos licitatórios antes de contratar as empresas responsáveis por gerir as estradas futuramente.
A equipe do governador já sabe que as novas concessionárias dificilmente estarão contratadas antes de setembro de 2013, desconsiderando eventuais contestações judiciais de resultados de licitações que podem dilatar o prazo ainda mais.
O problema é que o primeiro lote de concessões - envolvendo os polos Metropolitano, Caxias do Sul e Lajeado, todos controlados pelo consórcio Univias - será encerrado no dia 7 de julho de 2013.
Os contratos dos outros quatro polos expiram em novembro e dezembro do próximo ano. Diante do cenário, está praticamente configurada a necessidade de o governo retomar as estradas hoje administradas pelo Univias para não deixá-las definhando enquanto a contratação de novas concessionárias não for finalizada.
- O prazo é apertado, mas acreditamos que dá para cumpri-lo. O que nós poderemos ter no final das concessões é um período de transição em que o Estado vai assumir as suas responsabilidades. Isso não atrapalha. Não vai ser por problemas de prazo que as atuais concessões vão ser renovadas - revelou Tarso, mantendo discurso contra a prorrogação.
Secretário assegura que o cidadão "não terá prejuízos"
O secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, projetou que um provável "período de transição" poderá levar o Piratini a retomar a responsabilidade pela manutenção dos cerca de 800 quilômetros de estradas estaduais que fazem parte do programa de concessões.
Os 1,2 mil quilômetros de rodovias federais inclusos nos polos seriam devolvidos à União.
- Estaremos preparados para qualquer circunstância. Poderemos fazer a transição sem nenhuma descontinuidade na manutenção e qualidade das rodovias. O cidadão não terá prejuízos - assegurou Beto.
Futuro das concessões
Piratini dá largada para sucessão do sistema atual de pedágios
Governador Tarso Genro assinou edital de contratação de consultoria para avaliar polos
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre: