Em entrevista ao Jornal Nacional, na noite desta segunda-feira (8), o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, afirmou que sua campanha desistiu da ideia de promover uma nova constituinte para colocar as reformas previstas pela coligação em prática. O presidenciável destacou que vai viabilizar as mudanças apresentadas em seu plano de governo por meio de propostas de emenda à Constituição (PEC), citando a reforma tributária como uma das principais:
— Em primeiro lugar, a reforma tributária. No Brasil, quem sustenta o Estado é o pobre, infelizmente. Quem paga mais imposto proporcionalmente a sua renda é o pobre. Os muito ricos não pagam absolutamente nada. Pagam uma proporção muito pequena da sua renda. Essa reforma tributária será feita por emenda constitucional.
As outras reformas citadas por Haddad na entrevista são a bancária, para diminuir a concentração de bancos "com as taxas de juros que eles cobram", e a que promove o fim do congelamento dos gastos, que segundo o petista afetou "drasticamente o investimento".
Haddad também respondeu questão de Renata Vasconcellos sobre uma frase de José Dirceu, ex-ministro dos governos petistas. A apresentadora citou fala de Dirceu, onde ele afirmou que "é uma questão de tempo para o PT tomar o poder” e que “dentro do país é uma questão de tempo pra gente tomar o poder. Aí nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição”.
O candidato do PT à Presidência disse discordar da afirmação do ex-ministro e que ele não faz parte de sua equipe:
— O ex-ministro não participa da minha campanha, não participará do meu governo e eu discordo da formulação dessa frase. Para mim, a democracia está sempre em primeiro lugar.